Etosoto é uma nova iniciativa de ecoturismo que explora a gestão ativa de espaços naturais preservados, a arquitetura bioclimática e sóbria, bem como novas formas de viajar. O projeto foi concebido com um design produtivo dedicado a promover uma arquitetura delicada, inteiramente realizada a partir de madeira local. Localizado no Cabo Espichel, este projeto consiste apenas em edifícios sobre palafitas e está encerrado a todo o tipo de veículos. A sua principal missão é a preservação da flora e fauna locais. Os hóspedes serão incentivados a participar ativamente e o seu empenho será valorizado. É também um projeto de empreendedorismo social: abrimos uma fábrica para formar pessoas em eco construção e arquitetura bioclimática, a fim de promover e desenvolver métodos construtivos sóbrios.

Etosoto é um projeto de eco-hotel elaborado por uma equipa pluridisciplinar, motivada pelo desejo de criar um lugar que fortaleça a nossa conexão com a natureza, com uma abordagem poética e sóbria. É uma abordagem exploratória, em sintonia com as questões sociais contemporâneas, que aborda o problema da construção e da vida em locais naturais preservados, sem causar danos, integrando-se e participando ativamente no apoio do ecossistema. Este projeto propõe uma abordagem suave, onde o homem não se impõe como colonizador da natureza, mas se torna parte integrante de uma teia alimentar estável e resiliente.

A conservação ativa da flora é um aspeto importante do projeto. Uma grande parte do sítio apresenta uma vegetação rica, com um maquis composto por uma combinação de plantas muito específicas e planícies floridas. A conservação será realizada com a participação dos viajantes, apoiada por atividades de aprendizagem e consciencialização sobre a flora local.

A obra foi projetada para minimizar o seu impacto na paisagem, com todos os edifícios construídos em madeira e sobre palafitas (zero cimento). Os métodos de construção utilizados garantem que não há danos na vegetação fora das áreas designadas para as estruturas em madeira, que ocupam uma área mínima de apenas 0,004% da superfície total do terreno. Todos os caminhos utilizam apenas os trilhos existentes.